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Crónicas do Chão Salgado

resistir e criar, por mais que nos salguem o chão dos dias | crónicas, memoirs, & leituras

Crónicas do Chão Salgado

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Estojo, Miguel-Manso

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Chegou cá a casa o Estojo do Miguel-Manso.
 
Na capa, o estojo d' O Mago. Será esta obra, conjunto de poemas já editados e outros originais a celebração do impulso criador do Arcano do tarot de Marselha, ou uma metáfora dos enganos - os nossos e os do mundo?
 
O Mago está no lugar certo, até porque poesia é sempre uma obra aberta, escancarada ao que precisarmos no instante em que a lemos.
 
Por isso, leiam o Miguel-Manso, leiam poesia e a magia acontece... ou deixa de ser necessária.
 
 
 

o luto de elias gro

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O luto de Elias Gro é, dos últimos anos, o livro de que mais me apropriei emocionalmente, que mais me disse "tu és o tipo de pessoa para quem fui escrito".
 
Li-o pela primeira vez há uns anos, com a vida seguida de um ponto de interrogação, mas a alma cheia de um amor tão grande que me fazia acordar feliz todos os dias.
 
Volto a ele sempre que preciso de algo que me dê a mão na viajem que, por vezes, temos que fazer dentro de nós próprios.
 
Ou quando quero viver a minha melancolia, sem ter que pedir desculpas por não estar a esforçar-me por encontrar algo de bom em algo que quero ver como mau. Porque há coisas que são más.
 
Mas este livro é maravilhoso, as viagens humanas que nele se fazem são avassaladoras, e preenchem todos os buracos da alma onde deviam existir emoções que se foram, pela falta de coragem de serem vividas.
 
Acima de tudo, legitima a minha tristeza. Que dá sentido à beleza do sol que vai nascer em direção à minha janela, amanhã.
 

Foto: o exemplo de como não tirar fotos quando já estamos preparados para uma noite de leitura...