Lutar, sempre!
Relendo o que escrevi para este dia, desisti das palavras.
Tudo é pouco, nada chega perante esta dor de ver a liberdade a escapar por entre os dedos.
Nada chega perante a escalada dos que se julgam superiores a outros seres humanos, dos que pugnam pelo reconhecimento das suas condições privilegiadas ao assomar da vida.
Não tenho palavras. Por isso, deixo as de Manuel Alegre. Porque nunca as poderia igualar, porque são as que refletem a minha dor, a minha revolta e a minha posição de lutar, lutar sempre!
Mas há sempre uma candeia
Dentro da própria desgraça
Há sempre alguém que semeia
Canções no vento que passa.
Dentro da própria desgraça
Há sempre alguém que semeia
Canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
Em tempo de servidão
Há sempre alguém que resiste
Há sempre alguém que diz não.
Em tempo de servidão
Há sempre alguém que resiste
Há sempre alguém que diz não.