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Crónicas do Chão Salgado

resistir e criar, por mais que nos salguem o chão dos dias | crónicas, memoirs, & leituras

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amanheceres amarelo-limão

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Se tivesse que escolher uma só planta para me amanhecer, seria um limoeiro.
Gosto de tudo, nos limoeiros. O verde profundo da copa; o fruto amarelo, devolvendo a luz; as flores miúdas e o cheiro, ah, o cheiro... deixar as janelas abertas para acordar de espírito perfumado e ganas de viver!
Os limoeiros são uma árvore caprichosa, o que só me faz amá-los mais, que os quintais estão cheios de flora previsível.
Ora dão limões quando mais nenhuma árvore dá fruto, carregados e anárquicos, coexistindo flor e fruto maduro, impetuosos... ora estão tempos sem dar sinal de vida, ignorando sobranceiros os olhos vigilantes que procuram o primeiro sinal de amarelo.
Aos meus limoeiros, ninguém impõe uma pedra para os tornar arbustos de jardim. Fazem o que querem, e eu recebo-os em manhãs amarelas como uma dádiva de luz.


Fotografia: limoeiro da janela de um meu quarto, numa das minhas manhãs de eleição.
texto para o desafio da caixa dos lápis de cor https://porqueeuposso.blogs.sapo.pt/438209.html

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