crónica do amor próprio
Há dias em que não me suporto.
Principalmente aqueles em que dou por mim em alhadas que poderia bem ter evitado... e até sabia no que ía dar, mas não me contive e tau, falei.
E digo para mim 'dasseeee mulher, como é que tu fazes as mesmas asneiras depois de décadas a saber que dá mau resultado?!
E a gula! Meus deuses, sei que não posso comer queijo da serra, fico com enxaquecas terríveis... mas como. Além de outras coisas de que nem vale a pena falar.
Detesto fazer tarefas de casa. Só gosto de cozinhar e graças pela Bimby, que trabalha quase todos os dias!
Ora, a senhora que cá vinha ajudar deixou de trabalhar com medo do Covid. Então as coisas vão-se fazendo mas sem qualquer disciplina, e nem me passa pela cabeça trabalhar para os três adultos que vivem comigo, era o que faltava.
Ora, a senhora que cá vinha ajudar deixou de trabalhar com medo do Covid. Então as coisas vão-se fazendo mas sem qualquer disciplina, e nem me passa pela cabeça trabalhar para os três adultos que vivem comigo, era o que faltava.
Ponho o irobot a passear, e os homens que limpem a sanita, que eu faço xixi sentada. E limpo a banheira e a parede quando tomo duche, dá um resultadão!
E reconheço, não gosto nada de mim assim.
Queria ser refletida, comer ajuizadamente, arrumar a casa e lavar a casa de banho, fazer a cama todos os dias. E não deixar roupa na cadeira.
Felizmente, fui capaz de educar dois rapazes que sabem fazer tudo, senão estava atulhada em cotão!
E quando escolhi o segundo marido, certifiquei-me que vinha bem treinado a arrumar a cozinha, estender e recolher a (nossa) roupinha, entre outros talentos que não vêm ao caso.
Mas mesmo não gostando de mim assim, amo de paixão estes gajos que vivem comigo.
Bem, o meu filho mais velho tem em casa as obras de Santa Engrácia, mas pronto, podia ser pior.
Mas enfim, isto para dizer que acho que alguém que não se ame é perfeitamente capaz de amar os outros! Oi eu aqui!
E agora, vou trabalhar mais um bocado que nisso... sou boa!
foto: bifanas em execução ;)