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Crónicas do Chão Salgado

resistir e criar, por mais que nos salguem o chão dos dias | crónicas, memoirs, & leituras

Crónicas do Chão Salgado

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crónica do interruptor

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Aprendi a circular de uma sala para a outra do quotidiano fechando a porta à saída.
Quando estou no trabalho, só penso no trabalho, não "espreito" o Instagram, o Sapo. Estou lá totalmente.
Se entro no tempo da família ou da vida social, não vou ao mail do trabalho, nem penso nele.
 
Não fui sempre assim. Algures no tempo trabalhei em casa e tive filhos pequenos, e os meus dias eram uma tremenda salganhada. Um pouco como se devem agora sentir os pais em teletrabalho com a criançada à volta. Ui!
Também passei a fase de não me conseguir desligar do trabalho. Era terrível, as insónias e ansiedade sempre à espreita.
 
Depois, aprendi a ter interruptores que me desliguem do que não quero no momento.
Ando pelo Instagram, por onde sei do que se passa no meu concelho, de espetáculos e eventos on-line... redescobri-o na pandemia.
Há um ano vim para aqui à Sapolândia, onde gosto do ritmo pausado que lhe posso imprimir.
Tenho a minha lista de leitura, espreito os últimos posts, fico pelos textos que gosto. E quando tenho vontade deixo as minhas impressões, respondo às dos outros. Mas não por obrigação, que já tenho muitas... só por diversão. É um interruptor para desligar de outras salas, o Sapo.
 
Entre outros interruptores estão as miniaturas (adoro casas de bonecas), artes têxteis, investigação, autossuficiência, fotografia, leitura, escrita... e a pintura, que hoje ilustra a minha crónica do interruptor!
Na minha vida, ligar e desligar foi uma aprendizagem demorada. Mas valeu a pena...
 
 
 

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