…e o amor prevalece
Não sou de Inverno. Sou dos dias que se prolongam nas noites quentes, aquelas que aliviam o peito, depois do do respirar que pesou debaixo do braseiro do sol.
Mas esta estação que me apetecia passar a dormir, é a que mais me aproxima das memórias da minha mãe. As noites longas que ela amava por poder ficar, de bordado no colo, contando as histórias por trás de cada anexim, da Bruxa do Castelo e dos contrabandistas que tudo arriscavam…
E dou por mim também nestas noites infinitas, pintando com recordações e linha os panos que trouxe das gavetas dela. Da mãe com tantas histórias a caber no segurar do bastidor.
E o vento acalma, o Inverno aquenta… e o amor prevalece.