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Crónicas do Chão Salgado

resistir e criar, por mais que nos salguem o chão dos dias | crónicas, memoirs, & leituras

Crónicas do Chão Salgado

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oferecer livros

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A quem gosta de ler, acham os amigos e família que é boa ideia oferecer o último grito do top da FNAC “porque provavelmente ainda não tens”. Errado. Provavelmente, também não quero ter.
Um livro é como um perfume: uns vão bem com a pele, outros com a alma, outros não batem certo com nada do que somos.
Há muitos anos que só uso dois perfumes e só com esses me sinto comigo, nem experimento mais; são a minha identidade. Felizmente já ninguém me traz outros quando tem que escolher à pressa um presente nas lojas do aeroporto. Já nos livros, sou muito mais flexível. Há autores que experimento e nem termino mas outros, volto a tentar, e tentar... afinal, há alguns “autores” de best sellers que até podem ter contratado uma equipa de ghost writers que eu goste, desta vez. E nem copiem trechos de outras outras obras para cumprir prazos.
As melhores das intenções levam também as nossas amigas a oferecer-nos livros porque “adoraram” e acham que nós, porque gostamos de ir jantar com elas, iremos partilhar o mesmo gosto nas letras. Errado, de novo.
E, assim, lá tenho a garagem cheia de caixotes do José R dos Santos, do Sousa Tavares, da Rebelo Pinto, do Paulo Coelho, da Sveva qualquer-coisa e outras coisas destas... enfim, todas as fases de leitura porque passaram as amigas, primas e irmãs...
Nos últimos tempos, entre as frases que mais digo está “a esta altura, só leio uns quantos escritores, fulano, sicrano e beltrano”... É mentira, confesso, mas pode ser que resulte...