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Crónicas do Chão Salgado

resistir e criar, por mais que nos salguem o chão dos dias | crónicas, memoirs, & leituras

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Poesia, Daniel Faria

As ameixas são fruta por que tem que se saber esperar. Ficar em guarda até ao momento em que a pele ainda estala sob dentes quando se trinca, mas já não se consegue segurar o sumo que corre para fora das margens da  boca.
Daniel Faria tem uma obra assim, “no ponto” certo para ser devorada como ameixa em Julho.
Daniel morreu cedo demais, até Cristo teve mais tempo. A brevidade do tempo que teve toma conta de todas as emoções que se tenham ao ler a sua poesia. Essa orfandade das obras que não foram escritas, domina à medida que se vira mais uma página. E o espanto pela beleza das palavras sucumbe à tristeza de ser um ponto final. Talvez seja essa a razão porque é tão difícil falar da poesia de Daniel Faria… ou talvez seja mesmo porque não há muito mais a dizer depois da ler. Fala por si, na transparência abrupta da alma de Poeta.
 
 
 
 

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