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Crónicas do Chão Salgado

resistir e criar, por mais que nos salguem o chão dos dias | crónicas, memoirs, & leituras

Crónicas do Chão Salgado

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Natalis Solis Invicti

 

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Natalis Solis Invicti, a celebração romana do Sol que acolhemos nas noites mais longas do ano. O tempo que marca o reiniciar do caminho para a vida, a Natureza que ainda dorme mas de que antevemos a explosão, lá para Março... esta Natureza como alegoria da vida humana, nos seus tempos Invernais de dormência e recolhimento, ganhando energia para reclamar dias de alegria.

 
O Natal... adoro os pinheiros enfeitados desde os tempos imemoriais, celebração pagã, gritando com as suas ramagens perenes que a vida continua! Como amo também as florestas onde os pés se afundam nas folhas as caídas, terra nutrida de de onde despertam os cogumelos e onde, nos troncos caídos, o musgo corre. É dessas florestas que trago as ramagens para a minha coroa, à boa maneira romana, simbolizando a prosperidade e saúde. 
 
Natalis Solis Invicti! porque se, em qulquer Inverno ou vida a pausa e o recolhimento são necessários, o Sol é invencível... Felizes Saturnálias! 
 
Fotos: Serra de Sintra, 11 Dez. 2021 | Eu e JF

 

 

 

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do espírito do Natal

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Pertenço à turba dos que ouvem e cantarolam músicas de Natal, gostam de ver as iluminações e ficam de olhos escancarados com as fachadas decoradas.
 
Sendo agnóstica, o Natal não tem para mim qualquer significado religioso. O Natal, no meu coração, é ternura. é uma altura em que recordo com uma imensa saudade os avós, os pais, a minha infância e os filhos pequenos.
 
E faço a minha parte na continuação dos rituais de Natal da minha casa de menina, por me lembrarem o conforto do amor incondicional e, naquela altura, eterno.
Canto ao menino as quadras do Alentejo, faço cacau quente a seguir à ceia, tenho sempre azevias de grão.
 
Faço a minha parte para que um dia, quando os meus filhos se virem na minha idade, recordem com a mesma ternura e conforto esta noite votada à celebração do amor que nos une.
 
Porque o papel de uma mãe - e quem sabe, um dia, avó - é também o de criar memórias.