A "Poesia Incompleta" reeditou “Ré menor”, da Patrícia Baltazar. Chegou hoje. Ainda estou a flutuar sobre as palavras e a atirar-me contra a parede dura, fria, onde está a poesia que lhe ficou por dizer.
Gosto das palavras abalançadas a outra coisa que não seja só fazer frase. Gosto de as ver à ideia, ao sentir, ao retrato da vida dentro e fora. Às pessoas e ao que corre fora delas.
Mas também gosto de as ver apenas brincar com os sons e ritmos, na cadência de gozar o português.
Corria o ano de 1987, quando uns quantos caloiros da Faculdade de Letras se juntaram para fazer uma revista de poesia.
Foram publicados três números de uma enorme ingenuidade, em folhas fotocopiadas e uma capa terrível. Mas lá, estavam todos os sonhos que a juventude acarreta, uma força inabalável e um deslumbramento pela poesia que nos uniu nesse projeto lindo.
Estes momentos foram recordados no bloque de um dos autores, Mails para a minha irmã, do João Paulo Videira, (meu colega de então em Línguas e Literaturas Clássicas) e, claro, tinha que os trazer também para este meu lugar.
Parafraseando o Jota Pê, "Venho saudar os jovens autores de então. Venho saudar o espírito empreendedor. Venho saudar a poesia. E, claro, venho saudar todos os leitores do mundo."
Dos vários autores, deixo um poema do Zé Fernando, que nunca mais vi; um do João Paulo, que continua um dos meus amigos mais queridos e, claro, um meu... e Viva o Dia Mundial do Livro...VIVA A POESIA!