um sábado como qualquer outro
Amanhece-me o dia como de habitual, com o sol entrando pela janela.
Preguiça boa, esta de sábado...
Lembro-me que estamos de novo presos em casa, e preparo-me para a quietude dos dias. Dos fins-de-semana, pelo menos.
Quietude?
O trânsito da marginal de Cascais não pára.
Rolam os carros como noutro sábado qualquer.
Que não haja ilusões, isto não é um confinamento.
Vou continuar o meu livro até à hora de alguém cá de casa ir buscar o almoço, já encomendado para take-away.
É das poucas formas que posso ajudar, para que se vão mantendo à tona os que são o elo mais fraco desta cadeia.
Eles são só os primeiros, a seguir virão os outros e vai chegar a vez de todos, menos dos senhores do mundo. Esses, cada vez melhor.
E aqui, fechados como nêsperas, ficamos a ver como levam um vizinho após o outro, até entrarem na nossa casa.